CORPA MONSTRA NA CENA CONTEMPORÂNEA

Sinopse

“Penso que qualquer ato de movimento [revolucionário] que seja, venha para a guerra dos afetos, basta de corpos NORMA, amargos e apáticos! Precisamos encruzilhar a vida para alimentar os
batidos, socorrer os feridos e abraçar os que da linha de frente saem amargurados com a capacidade que alguns possuem em ditar regras para um corpo que só que ser, ainda que esse corpo seja um conjunto familiar constituídos por tecelões de redes em estado materno de apoio. Precisamos quebrar as correntes do viril, abrir as pernas e mostrar o CUventre, escancarar a regras e beira o idiota, sim… o idiota, aquele que em estado de devir se despe de tudo o que lhe representa e constrói novos campos para seus afetos. É engraçado pensar dessa forma, eu sempre fui a idiota do meu mundo (Leia: sempre fiz questão de ser) e conheci outros em Ouro Preto. Em dias de festa, os idiotas se reconhecem, se armam com doses grandes de liberdade e dançam ao uivos noturnos da pressa de se fazer vivo, dali os corpos criam sensações térmicas, movimentos sísmicos, lubrificações orgânicas conduzidos por campos não perceptivos para aqueles que deitados na vida e embrulhados no marasmo do consumo trabalho-capitalista são refém da moral abortadora dos prazeres constituídos do corpo. É preciso, dizem os idiotas, rever a este passado-presente que bate na extremidade da pele. E escrever para além da pele e afirmar o seu aquém, seus fragmentos existenciais constituintes das pérolas que nossas conchas fazem, processos psicossociais pesados, medidos e classificados a cada encontro. E nesses encontros temos aqueles que como diria Conceição Evaristo transformam nossos olhos em água e outros que transformam nossos corpos em lutas. Para o primeiro são os encontros mais leves e simples, ou não, transbordando a cada aproximação, sorrirmos, rezamos novenas a base ervas (BRUXONAS
MACONHEIRAS), contamos dos encontros dos dias, dividimos lutas e feridas, trocamos carinhos e deboches, solidão e reflexões, depois de cada reunião o corpo já limpo… vai, adiante do encontro dos dias que virão. Para o segundo, corpos in processo, em guerrilhas performando todo um conjunto de quebras de paradigma que aprisionam o nosso desejo. Somos neste segundo momento aqueles que, como a personagem Querença, criada por Conceição Evaristo, retomamos os sonhos e desejos de tantos outros que já tinham ido em função da mesma luta que hoje lutamos mais uma vez. é isso senhora! Beija, mana!

MARCIA CRISITNA

Detalhes da obra

ISBN: 

Autora: FREDDA AMORIM

Dimensões: 15 x 21

Páginas: 179

R$ 50,00